Quem não sente
O peso das palavras,
Que malhe a cabeça
Com a marra da
SenSibilidaDe
Tenha no cabedal
A flor
As marcas do anjo
Querobem
Os pesos de Colombo
E de Sísifo
E saiba que
a cada restan
te
de tempo
Mercúrio passa
Toxicamente
Alisando aqueles
Que despesam
a potência do sermo
.....M.C.
Sonho que se sonha só é só um sonho... Independente de qualquer um, a minha realidade
segunda-feira, 22 de dezembro de 2008
sexta-feira, 14 de novembro de 2008
Pele literal
Poema Sexo
Olhar tua pele
E escrever com a língua
as linhas do arrepio
.
Olhar-te o monte
e cavar
com dentes
curvas de fome
.
descer
equatorial
dividindo em duas
tuas (e minhas) vontades
.
.
(...respira...)
.
.
Quero abrir pro meu mundo
Teu vale, tua lava
Queimar, queimar
Até amanhecer(de novo)
Cinza em teus braços...
.
........Michel Costa
*************************************
Poema Afobiado
.
É na crina dos instintos
Que me agarro descabelado
.
Na esquina dos sentidos
De suor e espasmos
.
Coração a galope
que corre sem chegar
.
A tensão da espera
que não venha o findar
.
Pele curtida na língua
E no suor
.
Crepúsculo de meu Eu
Que desabe sobre ti,
Cama de desejos
.
....Michel Costa
*****************************
Agógica
.
queria fazer música...
tuas curvas em glissando
tocando com dedos arqueados
A respiração agógica
de dois corpos em sinfonia
.
........Michel Costa
terça-feira, 14 de outubro de 2008
Dos vivos sabemos
Mas como matar fantasmas?
A frieira quente que come os dedos...
Como matar fantasmas...
O medo que
..pula
Na esquina ou no andor
e do mesmo céu
das mesmas estrelas
...
ninguém entende os fantasmas
Esquecem que vem da flor
Antes do espinho...
Planta criada à des-razão
Raiz de peito,
mas
ninguém entende os fantasmas
mesmo.
Ula
o Pulo
bola pra frente
e as pegadas no sumiço
...(Michel Costa)
Mas como matar fantasmas?
A frieira quente que come os dedos...
Como matar fantasmas...
O medo que
..pula
Na esquina ou no andor
e do mesmo céu
das mesmas estrelas
...
ninguém entende os fantasmas
Esquecem que vem da flor
Antes do espinho...
Planta criada à des-razão
Raiz de peito,
mas
ninguém entende os fantasmas
mesmo.
Ula
o Pulo
bola pra frente
e as pegadas no sumiço
...(Michel Costa)
domingo, 28 de setembro de 2008
Sulcos, Cotidiano

Um sulco
Um líquido aberto no tempo
Uvas e uma lembrança
Todo domingo é dia de uva
Um suco
Assim diz meu pai
e assim faço
Todo domingo
Mil olhos negros
e neles mil rostos meus
Em cada rosto uma saudade
Triturada
Riscada no templo-motor
Li.qu.i.di;fica.dor
Depois de batido
Meu sumo
Bebo
E já é segunda...
...(Michel Costa)
quinta-feira, 25 de setembro de 2008
quando...até.
Poema
Quando os olhos falam
o que a boca cala
e o medo esconde
O riso amarelo
que encapa a fronte
Quando o onde se foi
E o não sei
nada
diz, portanto...
quando as palavras
caem das flores
para alimentar as raízes
Eu silencio
Meu Canto.
Sou margem
água ferida e cristalina
Sou pária
numa dança só de simetria
Neste canivete aberto em salão
Passos riscados na multidão
E neste balé da minha vida
quanto mais amor, mais pinga
Uma labareda de 10 quilos*
"doce pra quem descobrir que eu sou triste"**
**Verso de Antonio Mariano.
*Poema de Michel Costa
Quando os olhos falam
o que a boca cala
e o medo esconde
O riso amarelo
que encapa a fronte
Quando o onde se foi
E o não sei
nada
diz, portanto...
quando as palavras
caem das flores
para alimentar as raízes
Eu silencio
Meu Canto.
Sou margem
água ferida e cristalina
Sou pária
numa dança só de simetria
Neste canivete aberto em salão
Passos riscados na multidão
E neste balé da minha vida
quanto mais amor, mais pinga
Uma labareda de 10 quilos*
"doce pra quem descobrir que eu sou triste"**
**Verso de Antonio Mariano.
*Poema de Michel Costa
quinta-feira, 18 de setembro de 2008
bocas
domingo, 7 de setembro de 2008
A quem maágua[do]
É preciso trabalhar
Sem trégua
Sol a Pino, revolver
A má-água da terra
Secar a areia fina
E debulhar os Grãos
É preciso trabalhar sem régua
Secar o suor das mãos,
Engilhadas por pão e calmaria
Pouvilhos nas feridas
De uma tarde Aberta
É preciso a quem interessar possa
Dormir sonhos de paz
E acordá-los nos pés
Caminhando os bons
e os maus rios
Cheios de pão e pó...
E as árvores continuam verdes
no Caminho...
...Michel Costa
Sem trégua
Sol a Pino, revolver
A má-água da terra
Secar a areia fina
E debulhar os Grãos
É preciso trabalhar sem régua
Secar o suor das mãos,
Engilhadas por pão e calmaria
Pouvilhos nas feridas
De uma tarde Aberta
É preciso a quem interessar possa
Dormir sonhos de paz
E acordá-los nos pés
Caminhando os bons
e os maus rios
Cheios de pão e pó...
E as árvores continuam verdes
no Caminho...
...Michel Costa
terça-feira, 26 de agosto de 2008
Sorte de hoje: A felicidade está no horizonte da sua vida
Antes de lá
que estivesse aqui...
Horizonte inalcansável
uma mentira amiga
A felicidade é estar presente
feito gota de orvalho
quando beija a folha
quando cheira-flor
E que cansa de esperar
Pois "a vida é pra valer
a vida é pra levar"
êh pai vinícius
Velho Saravá
que estivesse aqui...
Horizonte inalcansável
uma mentira amiga
A felicidade é estar presente
feito gota de orvalho
quando beija a folha
quando cheira-flor
E que cansa de esperar
Pois "a vida é pra valer
a vida é pra levar"
êh pai vinícius
Velho Saravá
domingo, 24 de agosto de 2008
quarta-feira, 13 de agosto de 2008
Último e verso
Antes do fim,
Vem o último verso
Um pouco de mim,
a frente do avesso.
Antes de mim,
O primeiro verso.
Cidadão talhado
Com o mínimo cuidado
por olhos e marés...
Rouge Carmim.
É o último verso
Do tempo tártaro.
Pele esquecida da vida
Que nem o livro roeu...
Antes? Qualquer coisa...
. . . Michel Costa
Vem o último verso
Um pouco de mim,
a frente do avesso.
Antes de mim,
O primeiro verso.
Cidadão talhado
Com o mínimo cuidado
por olhos e marés...
Rouge Carmim.
É o último verso
Do tempo tártaro.
Pele esquecida da vida
Que nem o livro roeu...
Antes? Qualquer coisa...
. . . Michel Costa
domingo, 10 de agosto de 2008
quarta-feira, 6 de agosto de 2008
sede tácita
domingo, 3 de agosto de 2008
Casa nos sonhos
Um fogão
com entrada USB...
Cozinhava idéias?
Uma noiva sem rosto...
Quem será ela?
Centrífuga de sons
e retalhos lançados...
Que dirá a alma
quando abrir aos olhos?
com entrada USB...
Cozinhava idéias?
Uma noiva sem rosto...
Quem será ela?
Centrífuga de sons
e retalhos lançados...
Que dirá a alma
quando abrir aos olhos?
sexta-feira, 1 de agosto de 2008
quarta-feira, 30 de julho de 2008
Um dia me vi futuro
Com uma casa de flores
Saindo pela janela
E voando para loonge,
Fugiam. fugiam.
As cores tomavam outras
e também outras as flores
Neste jardim, eram de pedra
Os botões gozozos...
Assim como estes dedos
Estas cordas
o fóssil ambulante de meus arcos
E o vento velho
clamando tempestade
Neste jardim, eram de pedra
Os botões gozozos...
Com uma casa de flores
Saindo pela janela
E voando para loonge,
Fugiam. fugiam.
As cores tomavam outras
e também outras as flores
Neste jardim, eram de pedra
Os botões gozozos...
Assim como estes dedos
Estas cordas
o fóssil ambulante de meus arcos
E o vento velho
clamando tempestade
Neste jardim, eram de pedra
Os botões gozozos...
domingo, 20 de julho de 2008
Eu Teatro
sábado, 19 de julho de 2008
Antes de acordar
Minha alma orvalha
E levanto impregnado
De mim
Escorro pelo mundo,
Cheirando, táctil,
As curvas da Estrada...
É a minha condição!
Só assim retorno
Repleto de outras almas
Onde também restei...
Até não ser inteiro
Porém mais belo
Me olho no espelho
E vejo tantos rostos
Traços que nunca vi...
Espumas de mar
e Ana, e Luís
De fera, de pedra
Até mesmo a alma do ar
Com seus pés de vapores
Que tocam o chão sem marcar
És meu orgulho
Ser todo em mim
Durante toda nossa vida...
Minha alma orvalha
E levanto impregnado
De mim
Escorro pelo mundo,
Cheirando, táctil,
As curvas da Estrada...
É a minha condição!
Só assim retorno
Repleto de outras almas
Onde também restei...
Até não ser inteiro
Porém mais belo
Me olho no espelho
E vejo tantos rostos
Traços que nunca vi...
Espumas de mar
e Ana, e Luís
De fera, de pedra
Até mesmo a alma do ar
Com seus pés de vapores
Que tocam o chão sem marcar
És meu orgulho
Ser todo em mim
Durante toda nossa vida...
quarta-feira, 16 de julho de 2008
Quiçá

Nem sempre sabem
O que dizem os poetas...
Quando digo Rio
Vai além da águas
e da minha Boca
Por isso sou Pássaro Verde.
Tenho sede
que cruza o rio, mata rio
e sacia na terra
(...)
Nem sempre entendo
o que sinto poeta
Fantasmas de águas
E revoltas ribeirinhas
um choro verde
e um vento me treme
poeta Nem sempre poeta
Humano em tantos ramos
Uma floresta de sentidos
Um morro sem planos
Poeta quiçá poeta....
(Michel Costa)
segunda-feira, 23 de junho de 2008
As linhas

As Aranhas
Arquitetas do Universo
Tecem poemas,
Muito antes deles existirem...
Arquitetas do Universo
Tecem poemas,
Muito antes deles existirem...
E voam, voam paradas
Feito telas de ar
Uma foto-satélite
Orbitando a realidade
Se aproximando, se aproximando
Até a mente humana
Captar seu recado:
Poesia são palavras orvalhadas
Na teia da vida
(Michel Costa)
Foto by Sergio Hildo (Gracias!!)
segunda-feira, 9 de junho de 2008

O que acontece com as pedras
Se esvaindo pelos dedos?
Onde estão os fios de lã
Que com tanto amor as segurava?
Foram as moiras?
Essas facas...tão reais...foi isso?
Sinto um sonho querendo acordar...
O que fazer, quando,
As coisas ganham sentido demais?
Será o real este acizentado?
São 07:00h e o sono não veio
Não tem poesia? Não, não.
O que me falta então?
Desconheço...
O que preciso...
Minhas flores cheirando pra mim...
A língua lisa
E os absurdos
Se escorando Em minha mente...
segunda-feira, 2 de junho de 2008
Moenda Mar

Meu cais de palavras
Aboio das sereias
Filho dos avessos...
Vem me torcer o mel
Vem trazer meu lume
de mar e verde
Trazer meu leme
Feito de ar e céu
Aporta no peito
tuas fragas
Aperta na ponta a lança
Vem trazer o Sol
Vem,
Tu moinho
Espreme minha cana
Bebe meu sumo
Espalha sobre a terra
E faz nascer usinas
Que de mim quero o pó
Fecundante do mundo
E encher outros prumos
de novas paisagens
(Michel Costa)
quarta-feira, 28 de maio de 2008
Beradêro

Dentre tantos sonhos, este é acordado...é escutado, é sentido... a imagem daquele que longe de casa olha para a pá do ventilador, vê o sol e a poeira da estrada, e lembra do ventre donde saiu a correr sem pensar...
Beradêro
Os olhos tristes da fita
Rodando no gravador
Uma moça cosendo roupa
Com a linha do Equador
E a voz da Santa dizendo
O que é que eu tô fazendo
Cá em cima desse andor
A tinta pinta o asfalto
Enfeita a alma motorista
É a cor na cor da cidade
Batom no lábio nortista
O olhar vê tons tão sudestes
E o beijo que vós me nordestes
Arranha céu da boca paulista
Cadeiras elétricas da baiana
Sentença que o turista cheire
E os sem amor os sem teto
Os sem paixão sem alqueire
No peito dos sem peito uma seta
E a cigana analfabeta
Lendo a mão de Paulo Freire
A contenteza do triste
Tristezura do contente
Vozes de faca cortando
Como o riso da serpente
São sons de sins, não contudo
Pé quebrado verso mudo
Grito no hospital da gente
São sons, são sons de sins
São sons, são sons de sins
São sons, são sons de sins
Não contudoPé quebrado, verso mudo
Grito no hospital da gente
(Chico César)
terça-feira, 27 de maio de 2008
Cabelos das águas
Um anjo Loiro
Desses, da Incompreensão
Pousou nas minhas águas
Durante o sono...
E como era bela!
Seus cabelos, ah...seus cabelos
Me escorriam à face
Numa tão reta silhueta
Que alinhava o Sol...
Me disse das penas, punhos
Caiu nos meus braços
Pediu colo, disse "te amo"
E partiu...
Antes que o Agosto
A levasse nas chuvas...
Encontrei nisso sua classificação
Assim como estas rimas
Que de tanto soarem
Espantaram o sono, os anjos
As águas e os cabelos,
Deixando apenas o sol
Sussurrando nas frestas do caminho
O dia em meus olhos...
(Michel Costa)
Desses, da Incompreensão
Pousou nas minhas águas
Durante o sono...
E como era bela!
Seus cabelos, ah...seus cabelos
Me escorriam à face
Numa tão reta silhueta
Que alinhava o Sol...
Me disse das penas, punhos
Caiu nos meus braços
Pediu colo, disse "te amo"
E partiu...
Antes que o Agosto
A levasse nas chuvas...
Encontrei nisso sua classificação
Assim como estas rimas
Que de tanto soarem
Espantaram o sono, os anjos
As águas e os cabelos,
Deixando apenas o sol
Sussurrando nas frestas do caminho
O dia em meus olhos...
(Michel Costa)
segunda-feira, 26 de maio de 2008
Café Saudade

Sonhei ter feito café
Um velho café
de ordem diáfana, para minha avó
que à categoria chamo Mãe.
Desde que ela o provou
Disse ter o gosto de saudade...
Não acreditei até prová-lo
e no mesmo instante chorei
como não fazia desde bebê,
quando me desliguei do ventre
e me liguei ao umbigo do mundo
Disse ter o gosto de saudade...
Não acreditei até prová-lo
e no mesmo instante chorei
como não fazia desde bebê,
quando me desliguei do ventre
e me liguei ao umbigo do mundo
Lá estavam as memórias
as corroídas tardes
e as espumantes luas
as sombras de agosto
que me trilhavam meu avô
meus cachorros
minhas aventuras
Foi estranho
Cada pessoa adquirindo sabor
Menta, gengibre, chocolate
Tardes limão
E o Sol não fecundado
Se espalhando sangue
Para nascer a noite...
Nessa hora olhei pra janela
e vi que o outono chegara...
e vi que o outono chegara...
(Michel Costa)
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